História da Casa

Quando nos perguntam porque escolhemos este pedaço de terra na aldeia vinhateira de Provesende – Douro-, costumamos dizer que foi Amor à primeira vista.

O problema foi conhecer este recanto numa tarde solarenga de Outono.

Quem conhece, sabe as magias que o Douro faz em tardes solarengas: apaixona e nunca mais se esquece.

Depois de se sentar ao fundo do terreno, num por do sol, do cheiro a lavanda, ao som de um chilrear multisonoro e infindável de pássaros vai perceber porque toda a gente fala das alturas de Provesende e do Mundo Maravilhoso em que o Vale do Douro se encaixa. O Sol bate com outra força, como que abraça, na temperatura certa. Não é o abafo do Rio, nem o frio da montanha, é isto mesmo, especial. Com uma rusticidade que aconchega, com imperfeições que ajudam a temperar um certo requinte.

O”pateo” ladeado em xisto, vigiado de cima pela marca da casa, uma varanda em madeira extraordinária, torna o espaço único e especial para reencontrar o sentido da Vida. Experimente e perceba o que Miguel Torga e outros tantos escritores, pintores, artistas cinzelaram para os anais do tempo nas escrituras que nos deixaram. O vale do Douro é verde na primavera, castanho no Verão e vermelho que se estende até Outubro, nOutono, mês que antecede o início do pousio despido de folhas. Não traga relógio, primeiro porque o melhor de tudo é perceber que o tempo não tem hora marcada.